Wednesday, January 19, 2011

impressões pt do país da nokia

cheguei ao aeroporto e havia silêncio.
os refrigerantes das máquinas eram 2, 50 euros. mas já no aeroporto de lisboa, um pastelinho de sintra custava o mesmo.
frio quando saímos para a rua, autêntico congelador.
como não percebo a língua, o motorista do autocarro que apanhamos parecia que estava a falar a brincar.
com tanta neve espantava-me como conseguiam eles conduzir.
de x em x kms, avista-se a placa a dizer atenção às renas. Nunca vi nenhuma mas pelos vistos se visse, era mau sinal, haveria acidente pela certa.
ao longo do trajecto apareceu -15, -19. as cidades têm sinalização da temperatura.
o trajecto a pé, passado 5 minutos, tinha o condão de fazer com que deixasse de sentir os lóbulos das orelhas. curioso foi mesmo a mais radical experiência com o frio que alguma vez tive.
quando chegamos, a mari recebia vizinhos.
muito simpáticos, falavam em inglês quando perceberam que eu não era finlandesa.
as casas eram grandes. eles renovam os canos de 15 em 15 anos. conversa entre dois finlandeses é directa ao assunto, they have no small talk.
mostravam tudo inclusivamente os quartos. acometeu-se-me alguma aflição poder entrar assim em espaço tão reservado. Vi uma casa-de-banho com uma sauna pequeninha.
o pequeno-almoço foi brilhante, café sem açúcar - nunca põe - sumo de laranja, pão em fatias courgette, tomate e rodelas de pickles, doce e queijos, chocolatinhos feitos pela mari.
casas bem quentes, eles têm aquecimento por água quente através de canos para toda a cidade. Têm várias centrais de aquecimento.
um deles tinha uma peça do alvar aalto, figura proeminente lá do país, num armário.
muitos livros, pouca china ou bric-á-brac.
adormecer bem quente.
acordar, ir à sauna, que se encontrava fechada porque era feriado, dia de reis.
descer o monte, parte da cidade onde os trabalhadores outrora moravam. os operários moravam em casas de madeira que arderam, em vários incêndios, sendo que as que sobraram ficaram como recuerdos desses tempos.

escadas cheias de neve e gelo. aprender a andar, se bem que havia um finlandês com fato-de-treino e sapatilhas a correr a escadaria como se nada fosse.
fomos até a um pub, rústico, beber glogg wine - vinho quente com passinhas e améndoas lascadas e canela, pareceu-me.
a nossa mesa era composta de duas finlandesas, um alemão, um colombiano, um portugues e eu. falou -se da colombia. do tráfico e da beleza da cidade, rodeada por uma selva e das aventuras de Alejo, no meio da selva, salvo por bananas em cima das árvores que lhe deram indicação de estar perto de um pueblo.
ir para casa, deitar, descansar, andar na neve e no frio, cansa imenso.
jantar carne de rena com puré de batata e molho de frutos silvestres.
beber cerveja da casa, era uma brewery, ou seja, cada prato tinha uma cerveja recomendada.
sair, ir para um pub, gente muito simpática, matraquilhos em vários cafés, e quando o bar se fecha, eles fazem sinal de luzes como a indicar Last call for alcohol.
dançar no Doris, muito boa música, só últimos êxitos de dança. os jovens finlandeses são muito individualistas na sua forma de vestir e nos cabelos.
cada cerveja, 4 ou 5 euros.
karhu é a super bock lá do burgo escandinavo. os bares fazem happy hour e por volta de determinada hora começamos a ver os famosos alcoólicos finlandeses abraçados uns aos outros na neve do chão.
a finlandia tem como vizinhos a suécia, a estónia e a rússia. ou seja, a suécia era o povo que os colonizava, têm uma pequena percentagem ainda lá a morar e parece que é 'de bem' ter amigos suecos.
os finlandeses são muito simples, dada a sua história de anos de fome e sobrevivência pelo tempo agreste e de conquista face aos russos pela sua terra. é natural que agora estejam já numa fase de mostrar que são os maiores.
chegar a casa, ouvir musica, nós os três muito serenos e calmos, numa enorme intimidade.
ir para helsinquia.
chegar, muita neve. andar no eléctrico. sair do electrico, calcar neve.
ver o Quiasma, museu de arte contemporâneo da cidade. ir para casa.
jantar com amigos, sorrisos, piadas, links de youtubes, beber, comer coisas estranhas. fujam de gomas pretas chamadas salmiaki.
visitar o centro. carregar o cartão num Erd Kioski, apanhar o eléctrico que é 1 e autocarro que é 2.
kaarlenkatu é a rua do mika.
gostam de karaokes, TAI massages são as casas de bordel de lá, e jukeboxes, têm várias.
vi um concerto de jazz, passeei pelo centro, fui ao el corte inglês que tem um nome parecido com sankman, existe também um edificio que se chama WTC world trade center.
o happy meal lá é 3,50.
têm escovas à entrada dos edificios para limpares as botas.
maquinas de limpa neves e camioes de neve. os limpa neves são pagos a peso de ouro por hora de trabalho.
nos semáforos, do sinal vermelho para o verde, eles iluminam também o amarelo.
vi vários parques inutilizados pela neve. vi um ringue de patinagem no centro da cidade.
rautatien .... estação de comboios célebre por ser antiga, da década de 50 por aí.
Nas entradas em museus, o bilhete é um autocolante redondo que colocam na nossa mão.
os jovens a partir dos 18 anos moram todos em apartamentos sozinhos.
para ter televisão, paga-se cerca de 200 euros ao ano como imposto. adoram inventar impostos. carga fiscal maciça.
Não possuem banheiras, usualmente, é um ralo no chão.
apesar da finlandia ser dos países que recebe uma determinada percentagem de refugiados, não são de integração e interacção fácil com os emigrantes.
a língua tem 17 declinações.

em portugal o velho dito é adaptado para "e o último a sair, que pague a luz"

Sunday, January 16, 2011

fear the known



the picture of Dorian Grey ( 1890)

carta de Steve Wozniak

"When young, I remember clearly how my father told me why our country was so great, mainly based on the constitution and Bill of Rights. Over my lifetime, I’ve seen those rights disregarded at every step. Loopholes abound. It’s sad. For example, my (Eisenhower Republican) father explained the sanctity of your home and how it could not easily be entered. It was your own private abode. And you had a right to listen to any radio signals that came because the air was free and if it came into your home you had a right to listen to it. That principle went away with a ban on radios that could tune in cell phone frequencies in the days of analog cell phones. Nobody but myself seemed to treat this as a core principle that was too much to give up.

I was also taught that space, and the moon, were free and open. Nobody owned them. No country owned them. I loved this concept of the purest things in the universe being unowned.
The early Internet was so accidental, it also was free and open in this sense. The Internet has become as important as anything man has ever created. But those freedoms are being chipped away. Please, I beg you, open your senses to the will of the people to keep the Internet as free as possible. Local ISP’s should provide connection to the Internet but then it should be treated as though you own those wires and can choose what to do with them when and how you want to, as long as you don’t destruct them. I don’t want to feel that whichever content supplier had the best government connections or paid the most money determined what I can watch and for how much. This is the monopolistic approach and not representative of a truly free market in the case of today’s Internet."

Saturday, January 15, 2011

new expectations

andar sempre em frente com toda a certeza na ponta do nariz. usar o telemóvel como bengala discursiva. sou una e inteira. a língua é interdita ao meu nariz. isso transporta-me para outra dimensão. aquela do buraco negro.