Thursday, July 19, 2007

As a matter of...change

Rewriting ourselves
One hand draws the other, one eye blinks to it's twin, one soul talks to it's image.
Can we actually change ourselves?
Ask your right side what he doesn't like about your left one, and try to change your other half without being unfair.
See yourself as a human, a global one. Not a fractured creature, that sees and lives, and sees and checks, pinpoints and rechecks (what he sees when he's living).
Teach yourself, bearing in mind that everything in you (right or wrong, good or bad) has the right to hear the lecture.
(of Life)

So...let God teach.
Cátia


Love is not all: It is not meat nor drink
Nor slumber nor a roof against the rain,
Nor yet a floating spar to men that sink
and rise and sink and rise and sink again.
Love cannot fill the thickened lung with breath
Nor clean the blood, nor set the fractured bone;
Yet many a man is making friends with death
even as I speak, for lack of love alone.
It well may be that in a difficult hour,
pinned down by need and moaning for release
or nagged by want past resolution's power,
I might be driven to sell your love for peace,
Or trade the memory of this night for food.
It may well be. I do not think I would.

Edna St. Vincent Millay
Cátia

Tuesday, July 17, 2007

Livros

Ora, cinco referências imediatas: Pedro Páramo, Juan Rulfo (mil delícias)

A Vida é um TPC, Jim Borgman + 2 contos: Perfeição e José Matias, Eça de Queiroz

Último Volume, Miguel Esteves Cardoso

Retrato do artista quando jovem, James Joyce

Cartas a Lucílio de Lúcio Aneu Séneca.

Para tornar isto mais interessante, um desafio lhe proponho eu, senhor Levante: cinco Obras que não tenha apreciado...e haja coragem!

Wednesday, July 11, 2007

Dia seguinte

Um homem atirou uma pedra contra o vidro da janela, colocou a mão por dentro e abriu-a. Lá dentro na divisão, com pés de ladrão, inspirou solenemente o ar, sondando espíritos profundos, invisíveis que lhe dissessem onde estava o fulgente tesouro que procurava. Assim que o encontrou, pegou nele e saiu porta fora, batendo-a com força.
O cofre que transportava era um pouco pesado e conforme caminhava, mais pesado parecia ficar como se o que continha se engrandecesse com o galgar dos montes e colinas. Ia subindo e descendo, subindo e descendo…
Reflectia agora que teria sido bom ter tido um companheiro para a viagem. Já fatigado, procurou um sítio ermo onde ficar e calmamente entrou no mundo dos sonhos e repousou… sonhou, sonhou muito e um estridente som acordou-o num rompante.
No jornal do dia seguinte, constava uma pequena notícia: ladrão encontrado a dormir com cofre ao lado.

Nos Autos

Nunca se vira coisa igual; por mais que folheassem os pergaminhos da memória ou os analistas lessem as actas do reino, o insólito dera de si. A comunidade estranhando tal mudança invectivava sobre os mensageiros que por sua vez alvitravam sobre possíveis bases de entendimento; uns devido ao tempo mais quente, outros devido à crise de meia-idade ou de juventude tardia.
Os videntes liam nos oráculos: a obra era imensa e pungente.
Numa manhã, o rei dera ordens para o esquecerem. Iria correr até chegar ao ponto mais distante que as suas pernas conseguissem alcançar e aí construiria uma torre com um enorme telescópio que propagaria as suas ordens para os habitantes e controlaria todo o desenrolar da vida do reino.
Anos, décadas passaram e fez-se a lenda. Com a excepção de um terramoto, a vida decorria com a tranquilidade natural dos reinos longínquos. Diziam que tinha sido o rei, outros que era a singela natureza.
Deu-se que, ontem, nasceu uma criança. Os videntes ao abençoá-lo sentiram uma força majestosa nesse bebé. De tal forma que não comentaram entre si por acharem que era fantasia. Mas os que se permitiram sentir e pensar, concluíram que o rei tinha conseguido e que se encontrava agora de novo no reino. Contudo, nada disseram.
Se assim fosse, o tempo que se encarregasse de ensinar ao rei que soube partir, também o melhor caminho para voltar.

Tuesday, July 3, 2007

Num café

Os momentos mais preciosos não precisam de Trésor. Ajuda mas não vamos por aí. Ontem alguém me dizia que tentava teletransportar-se. Um colega replicou que já se tinha desmaterializado um átomo. Também acredito em máquinas do tempo e em buracos-verme.
Ajuda mas não vamos por aí.

Sempre

A solidão veste-se de vários tipos de uniforme. Por vezes, milita contra as tendências minoritárias de socialização, outras navega por oceanus narcisicus e quando se metamorfoseia fica a vogar pelo vazio onde se espelha.
Espero que um dia se vista de saco de cadáver e que a fechem para sempre.
Para sempre.

Sunday, July 1, 2007

404 Error

La nave va

Hoje é dia para falar pouco. Os movimentos comandam-se a si próprios e vamos de arrastão pelo alto mar. Não se esperam grandes peixes.