Friday, October 17, 2008

bs

Bem, quando nos tramam o raciocínio, dizem-nos "ah então estás aí!...ora toma lá esta e vê lá se te safas..."
Aí até que existimos mais não seja pela necessidade de sobreviver.
...até ao momento que não nos apetece existir apenas neste limite, fio da navalha.
Li algures (in estadocivil.blogspot.com) que a base da tragicomédia é a esterilidade. Ou seja, o momento da nossa morte ser tão finito que nem se deixa prole como legado à humanidade, nem dna, nem nada...é cómico.
Até compreendo que haja receio pela ideia de finitude, tanto quanto a nossa capacidade de nos envolvermos na teia do quotidiano tal como formigas obreiras...se trabalharmos muito, esquecemos o nós e adiamos a passagem do tempo.
Pela lógica, o fim caracteriza-se por esse cunho tão definitivo. É lógico.
A eterna questão do fim, é precisamente o nada depois disso que por vezes faz mais barulho que um baterista tresloucado.
Que seja como o fim de uma música e as notas ressoem invisíveis nas paredes. E as pintem.

No comments: